Maverick V8 de Leovaldo Petry dominou etapa
Mais uma vez no esquema "antes tarde do que nunca", farei aqui um resumo da terceira etapa da Classic, realizada no Velopark domingo passado.
Com 18 carros confirmados, tivemos apenas 14 que efetivamente compareceram. A prova havia sido transferida de Guaporé, que não ficou pronta, e nem deverá estar disponível este ano, ficando, provavelmente, para 2011 a reinauguração do novo asfalto e algumas obras nos boxes do autódromo serrano.
O Passatão foi para esta etapa com um motor 1.9, no lugar do 1.7 anterior, e algumas modificações na suspensão traseira, visando ganho de estabilidade nas retas, algo fundamental no Velopark, que tem 2 grandes.
Passat Canhão surpreende e faz 2º tempo
Nos primeiros treinos, sábado pela manhã, o carro já mostrou que vinha forte, tendo virado 1:12,346, mais de 2 segundos melhor do que o melhor tempo da última corrida, fazendo o 2º tempo da manhã, sendo resolvido apenas um problema de mistura.
Nas primeiras andadas da tarde, problemas. O carro havia perdido consideravelmente rendimento. Depois de muitas tentativas, descobrimos uma vela derretida. Porém, não tínhamos mais treinos livres para testar, saímos para a classificação completamente "no escuro", sem saber como tinha ficado o carro.
Logo após sair para a classificação, surpresa! O Passatão estava um foguete, primeiras voltas feitas por Niltão, após, Leonardo assumiu. Resultado: 2° lugar no grid, com 1:11.959, atrás apenas do Maverick V8 #302 de Leovaldo Petry, uma usina de 420cv, que fez a pole com 1:09.454.
Pega acirrado pela 2ª posição durou 6 voltas, até quebra do Canhão #8
Dia de corrida, algumas voltas no warm up feitas por Leonardo, tudo ok com o carro. Niltão alinhou em segundo, e logo na largada já defendeu a linha de dentro, impedindo a passagem do Fusca D3 de Luciano Fossá. Porém, na freiada do fim da reta oposta, o Fusca, com pneus slick, freiou mais tarde, colocando lado a lado, e fazendo com que o Passat #8 recolhesse para evitar o risco de choque, com Fossá assumindo a 2ª colocação. Rogério Franz, com o 147 Bala, vinha embutido no Passatão.
Uma volta após, na entrada da reta, o Fusca #00 perdeu rendimento devido a uma das varetas de carburador ter se soltado, sendo ultrapassado por Niltão e Franz, que seguiram num pega alucinante, em alguns pontos do traçado o Passat levava vantagem, já em outras o 147 se aproximava. O pega durou até a volta 6, Passatão mantendo-se em segundo quando, na entrada da reta oposta, o motor começou a falhar e a perder rendimento, vindo a quebrar na entrada da reta. Fim de prova para o Passat Canhão, provocando a entrada do Safety Car, também pela quebra da Alfa 2300 de Ricardo Trein logo após.
O Maverick seguiu liderando com folga, sem ter sido ameaçado em nenhum momento, seguido de Franz, com caminho livre. Jorge Krug, Passat #47, fez brilhante recuperação, saindo das últimas posições, pois não conseguiu classificar por problemas no carro, e finalizando a bateria em 3º. Giuliano Giacomazzi, Opala #75, também fez uma bela bateria de recuperação, igualmente não tendo classificado, e chegou em 4°, seguido pelo Opala Stock de Rodyvan Möller, que conseguiu andar bem, após problemas de câmbio na etapa anterior, o 147 #999 tocado por Rossi, já travando pegas com o Corcel #74 de Fernando Leke. Eduardo Neves (Brasília #99), Carlos Eugênio Leonardo (Ratão) e Fossá completaram a bateria. Fábio Mincarone teve problemas com o Chevette #77 e não completou a bateria, assim como Tibiriçá de los Santos, com o Renault "Rabo Quente".
Segunda bateria, Maverick continua na liderança. Rogério Franz é ultrapassado por Jorge Krug, na primeira volta, e por Giuliano Giacomazzi, na segunda, posteriormente ocorrido problemas de câmbio, tendo "moído" a engrenagem da 2ª marcha na curva de entrada da reta, o que dificultou a vida do piloto. Fossá, tendo resolvido o problema da carburação, veio para a frente, chegando a ultrapassar Franz e a andar em 4º, porém teve problemas, inclusive perdendo o capô traseiro, e acabou finalizando em 9º. O pega entre J. Krug, Giuliano, Fossá e Franz foi bonito.
Pega entre J. Krug e Giuliano
Luciano Fossá perdendo tampa traseira, mas andando forte
O pega do dia: R. Krug e Leke
Perto do final, Roberto Krug roda e Leke assume 2ª posição da categoria
Final de Classic é sempre festa: Ratão, Gaúcho da Fruteira e Niltão homenageiam o RS
O destaque da bateria foi o sensacional pega entre o Fiat #999, agora levado por Roberto Krug, e o Corcel de Leke. Ambos travaram um duelo bonito de se ver até o final, quando Krug acabou rodando na curva 2, deixando o caminho livre para Leke acabar em 6º. Um pouco mais atrás, Mincarone acompanhava o pega.
Ao final. Maverick de Leovaldo de ponta a ponta, soberano e absoluto. Giuliano superou J. Krug e acabou em 2°. Franz, Rodyvan, Leke, Mincarone, Krug, Fossá, Ratão e Tibiriçá completaram, na ordem, a prova. Eduardo Neves abandonou com a Brasília.
A próxima etapa está programada para o autódromo de Santa Cruz do Sul, no dia 14/11, mais uma vez juntamente com o Gaúcho de Endurance.
O resultado final foi este:
D2A:
1º) Carlos Eugênio "Ratão" - Carretera Chevrolet 1936
2º) Tibiriçá de los Santos - Renault 4cv "Rabo Quente" 1948
D2B:1º) Rogério Franz - Fiat 147
2º) Fernando Leke - Corcel
3º) R.Krug/F.Rossi - Fiat 147
4º) Fábio Mincarone - Chevette
5º) Eduardo Neves - Brasília
D2C:
1º) Jorge Krug - Passat
2º) Niltão Amaral/Leonardo Tumelero - Passat #8 (abandonou - motor)
D3:1º) Leovaldo Petry - Maverick V8
2º) Giuliano Giacomazzi - Opala
3º) Rodyvan Möller - Opala Stock
4º) Luciano Fossá - Fusca D3
5º) Ricardo Trein - Alfa 2300 (abandonou - motor)