segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Niltão Amaral testou protótipo Spyder/VW #93 líder da Endurance

Assista, acima, a vídeo do teste

Protótipo Spyder contornando o Tala Larga

Niltão Amaral testou protótipo Spyder em Tarumã




No último sábado, a convite de Marcelo Bottizzo, Niltão Amaral, piloto, colunista do jornal Pit Stop e comentarista no Canal Speed, testou o protótipo Spyder/VW 2.0 #93 de Bottizzo e Marcelo Rossi, líderes da categoria II do Campeonato Gaúcho de Endurance, no veloz Autódromo Internacional de Tarumã. Foi a primeira experiência do piloto da Copa Classic RS, categoria na qual anda em um Passat da Força Livre, com um veículo deste tipo.

Trata-se de um biposto, pois pelas regras da FIA, protótipos devem ter a posição de pilotar deslocada, ou seja, que sobre um espaço, ainda que pequeno, ao lado do piloto, senão o carro é considerado Fórmula (monoposto). O veículo começou a aparecer nas pistas brasileiras no final da década de 90, para enfrentar os Aldees, e também o recém lançado protótipo gaúcho MCR, da Metal Moro, tendo obtido a primeira vitória na 12 Horas de Tarumã de 2000. No início, a carenagem era mais quadrada, tendo sido arrendondada com o passar do tempo.

Feito este prefácio, vamos ao carro em questão. É possível instalar vários tipos de motores e câmbios, o exemplar avaliado tem um kit mais "básico", porém eficiente: motor VW AP 2.0 8v de aproximadamente 210cv, alimentado por um par de Weber dupla 50 DCOE, dotada de câmbio VW. Existem, também, alguns com motor Opel 16v, outros com caixa de câmbio sequencial, enfim, várias configurações são possíveis. A única modificação que foi feita no kit original foi a instalação de um aerofólio diferenciado.

Entrando no cockpit, logo chama atenção o bom e confortável espaço interno, tendo posição de pilotar agradável, o que ajuda muito a preservar o piloto em provas de longa duração, território para qual o Spyder é feito. Câmbio bastante à mão, e, no painel, os mostradores necessários a um veículo de competição: conta-giros ao centro, pressão de óleo, temperatura da água, pressão de combustível e leitor da sonda lambda wideband, que mede a mistura da queima do motor.

Após algumas instruções de Bottizzo e também dos preparadores Maicon (Metal Garage) e Márcio (Mecânica Overboost), de Ivoti, hora de ligar a bomba de combustível e dar a partida. Percebe-se o ronco característico do motor AP, porém muito mais "bravo", devido a grande potência. A embreagem com acionamento bastate curto faz com que o piloto que não está acostumado concentre-se para não deixar o motor morrer. Por falar em motor, este era novo, e estava sendo amaciado, o que tornava imperioso respeitar um limite de giro mais brando, entre 5000 e 5500 rpm, enquanto normalmente gira-se por volta de 6500 a 7000 rpm.

Logo no início, na curva 2, impossível não sentir a força G muito maior do que em um veículo de turismo. Basta virar o volante, e prontamente a suspensão trabalhada e os pneus slick Yokohama aro 13" respondem, fazendo com que o carro contorne rapidamente as curvas, o que pode ser sentido bastante na curva do laço, bastante fechada, na qual os turismo geralmente escorregam um pouco para fora. Já na curva 3, cotorno de altíssima velocidade, é possível sentir uma escorregada natural praticamente imperceptível, necessária ao bom contorno da curva.

Na relação de câmbio, destaque para a empolgante "empilhada" de marcha entre a 3ª e 4ª , devido à pouca diferença de relação, fazendo com que o motor entre cheio, o que fica bastante claro na saída da curva do Tala Larga

Bom cotorno da curva 8, curva 9 contornada em 4ª marcha, e, ao alinhar na reta, 5a marcha empurrando o carro, cujo motor enche rapidamente em direção à por muitos temida - e rápida - curva 1, que pode ser feita em 4 ou 5ª marcha, dependendo da tocada, assim como a curva 2, na qual é necessária uma pequena aliviada.

Foram apenas duas voltas, sendo que, mesmo com giro limitado e conhecendo o carro, foi possível virar o tempo de 1min18s. Faltou uma avaliação do comportamento do carro andando mais próximo do limite, que fica para outra oportunidade.

A equipe BR Competizione saiu do treino com o carro pronto para a 5a e última etapa do Campeonato Gaúcho de Endurance, que acontecerá no próximo final de semana, no Autódromo de Guaporé. Bottizzo e Rossi estão defendendo a liderança da categoria II, com 517 pontos, seguidos de Cali Crestani, com um Tornado com motor de moto Hayabusa, com 441 pontos.Niltão ta´mbém estará em Guaporé, disputando o título da categoria FL da Copa Classic.

Os patrocinadores do carro são Yokohama, Loja Maria.i e Kranz Pneus.

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