Niltão Amaral testando o Ford Ka #33 no Velopark
Assista, acima, ao programete em vídeo com o teste
Está lançada a idéia e o programa piloto! Na tarde desta quarta-feira (08/05) Niltão Amaral compareceu ao Velopark, a convite de Rafael Cohen, para testar na pista o seu Super Ford Ka #33 com o qual o piloto compete no Campeonato Gaúcho de Marcas e Pilotos. A próxima etapa do campeonato será ali, dia 19 próximo, por isto a equipe resolveu treinar.
Ka em ação, com Cohen
Motor Zetec RoCam 1.6
Rodas de liga aro 14" e pneus radiais Pirelli 185/60
O carro é equipado com motor Zetec RoCam 1.6 8v, gerenciado por injeção eletrônica programável (aliás: atualmente só existem duas marcas homologadas no regulamento da categoria, já não está na hora de liberar a Pro Tune? Com certeza os pilotos sairiam ganhando ao usar um produto de alta qualidade, que foi feito e testado especialmente para carros de pista, espelhado nas melhores injeções do mundo, como MoTec), rodas Ferraro aro 14", pneu Pirelli radiais P6 na medida 185/60/14. As portas, capô e tampa traseira são feitas em fibra de vidro para aliviar o peso ao máximo, dentro do regulamento da categoria. O santoantônio é caprichado, muito forte, principalmente nas barras laterais do piloto, pois, segundo Cohen, o investimento em segurança é um dos paradigmas da equipe. O piloto, aliás, saiu ileso de uma capotagem alguns anos atrás, em Tarumã, com outro Ford Ka, que teve perda total, tendo sido montado o monobloco atual. O preparador é o Vandeco Naggi, tendo parceria com a Giocar Racing, e preparação do motor pela Motorcar, de Canoas.
Preparativos para acelerar. Note o santoantônio bem construído.
Checando últimos detalhes
Vamos para a pista! A idéia, obviamente, não é "esmerilhar" o carro, muito menos arriscá-lo indo perto do limite, mas sim dar umas voltas rápidas para sentir a reação da barata, levando o giro a aproximadamente 6200 rpm, abaixo do que o carro pode ir (creio que gire 7000 rpm tranquilamente). O carro, apesar de pequeno, é bem espaçoso por dentro. Não tive problemas de adaptação, visto que o meu porte físico equivale-se ao do Rafael Cohen, portanto, me senti à vontade na barata. Após certificar-me dos instrumentos e botões (ignição, bomba, etc), vamos para a pista. A primeira saída não durou uma volta: bandeira vermelha pois havia alguns pilotos do Veloce (protótipo bolha de aluguel do autódromo) com pilotos iniciantes, então recolhi. Mas, na primeira saída, já deu pra sentir a frenagem e a "traseira solta" do carro.
Finalmente, pista livre: nas primeiras voltas que dei, estranhei bastante o carro "solto", principalmente nas retas, a traseira vem igual "pandorga", abanando, e nas freadas é preciso jogar com a direção para manter o carro na trajetória. Isto é algo normal em carros com pneu radial com determinado setup dirigido à "virar tempo", e eu estava desacostumado a pilotar carros com radial na pista, visto que andamos com o Passat Canhão de radial na Classic em 2009 e 2010, portanto, estava enferrujado. Tive alguma dificuldade incial, também, em me adaptar com os engates da 4ª marcha, pois cada carro tem um tipo de trambulador, e o curso curto da alavanca do ponto-morto para baixo me traiu em algumas oportunidades, questão de costume! Já na relação de câmbio, que deve ser conforme o regulamento do modelo, tem um certo "buraco" entre a 3ª e a 4ª, fazendo o giro cair bastante, o que não ocorre entre a 4ª e a 5ª, onde as marchas "empilham" e a 5ª entra fazendo o motor girar alto, o que acaba não otimizando o desempenho para o Velopark, onde se usa bastante a 4ª marcha, sendo que a 5ª fica engatada apenas no finalzinho das retas.
Pausa para respirar. Cohen foi virar mais algumas voltas, sempre acompanhado do outro carro da equipe, o Celta #3 de Christian Petroll (equipado com o dash e datalogger da Pro Tune). Os dois travaram bons peguinhas, já estava parecendo corrida! O melhor tempo do dia de Cohen foi 1:09.9, que certamente o colocará na briga pela pole, caso participe da etapa (Cohen ainda está em fechamento de patrocínios e parceria de pilotagem, por isto ainda não confirmou a participação na etapa).
Enfim, as voltas finais: a equipe havia mexido no setup de suspensão do carro, que ficou mais "na mão" (inclusive Cohen melhorou seu tempo com o novo setup). Apesar da traseira "solta", não há susto nas curvas, o carro é extremamente estável, basta contra-esterçar e acelerar que o carro contorna com facilidade, e, sendo pequeno, é ideal para pistas de característica travadas, como é o Velopark, mas, segundo Cohen, o carro é muito bom em pista de alta, como Tarumã. Umas voltinhas um pouco mais ligeiras, já tendo pego um pouquinho da "mão" do carro, consegui virar várias voltas na casa de 1min13s. Está ótimo, tendo em vista o propósito do teste, este tempo estaria dentro do grid (claro que do meio para trás) no qualyfing da última etapa com tempo seco do Marcas no Velopark. Claro, se um dia fosse correr com o carro, alguns dias de treino e provavelmente chegaria um pouco mais próximo do melhor tempo deste. Foram aproximadamente 10 voltas no total.
Vamos dar umas aceleradas
Finalmente, pista livre: nas primeiras voltas que dei, estranhei bastante o carro "solto", principalmente nas retas, a traseira vem igual "pandorga", abanando, e nas freadas é preciso jogar com a direção para manter o carro na trajetória. Isto é algo normal em carros com pneu radial com determinado setup dirigido à "virar tempo", e eu estava desacostumado a pilotar carros com radial na pista, visto que andamos com o Passat Canhão de radial na Classic em 2009 e 2010, portanto, estava enferrujado. Tive alguma dificuldade incial, também, em me adaptar com os engates da 4ª marcha, pois cada carro tem um tipo de trambulador, e o curso curto da alavanca do ponto-morto para baixo me traiu em algumas oportunidades, questão de costume! Já na relação de câmbio, que deve ser conforme o regulamento do modelo, tem um certo "buraco" entre a 3ª e a 4ª, fazendo o giro cair bastante, o que não ocorre entre a 4ª e a 5ª, onde as marchas "empilham" e a 5ª entra fazendo o motor girar alto, o que acaba não otimizando o desempenho para o Velopark, onde se usa bastante a 4ª marcha, sendo que a 5ª fica engatada apenas no finalzinho das retas.
Cohen e Petroll travaram pega particular
Naggi medindo a temperatura dos pneus...
...e fazendo acertos de suspensão.
Carro pequeno, mas interior espaçoso.
Celta de Petroll usa dash Pro Tune, mas não usa a injeção, pois regulamento não permite.
Deixando a roda traseira esquerda no ar, na entrada de reta!
Ok! Valeu!
Enfim, as voltas finais: a equipe havia mexido no setup de suspensão do carro, que ficou mais "na mão" (inclusive Cohen melhorou seu tempo com o novo setup). Apesar da traseira "solta", não há susto nas curvas, o carro é extremamente estável, basta contra-esterçar e acelerar que o carro contorna com facilidade, e, sendo pequeno, é ideal para pistas de característica travadas, como é o Velopark, mas, segundo Cohen, o carro é muito bom em pista de alta, como Tarumã. Umas voltinhas um pouco mais ligeiras, já tendo pego um pouquinho da "mão" do carro, consegui virar várias voltas na casa de 1min13s. Está ótimo, tendo em vista o propósito do teste, este tempo estaria dentro do grid (claro que do meio para trás) no qualyfing da última etapa com tempo seco do Marcas no Velopark. Claro, se um dia fosse correr com o carro, alguns dias de treino e provavelmente chegaria um pouco mais próximo do melhor tempo deste. Foram aproximadamente 10 voltas no total.
Niltão Amaral e Rafael Cohen
Chico Feoli esteve no Velopark andando de Veloce
Fim de uma jornada muito bacana
Muito boa a experiência! Foi ótimo retomar contato com carros de corrida com pneu radial, o certo é sempre treinar em carros com esta configuração, onde o trabalho de pilotagem é maior, ou seja, aprimora-se o controle do carro. Agradecendo ao Rafael Cohen por esta oportunidade na qual tive o privilégio de guiar, pela primeira vez, um carro de ponta do competitivo Campeonato Gaúcho de Marcas e Pilotos. Neste sábado terá treino coletivo do Marcas no Velopark, compareça e prestigie. Ficamos na torcida para que Cohen esteja na pista no próximo dia 19, na 3ª etapa do Marcas! Em breve daremos uma palhinha onboard com o próprio Rafael "na boléia" do Ka.
Até o próximo teste!
Fotos: Niltão Amaral/Blog do Passatão e Marcelo Cohen
Fotos: Niltão Amaral/Blog do Passatão e Marcelo Cohen
Baita post Nilton, avaliação com dedicação e uma grande maneira de aproximar os espectadores da experiência do piloto em cada carro que vemos no grid.
ResponderExcluirPS: Rafael Cohen colocou em prática um projeto meu, colocar o ford Ka na pista. Demais!
A preparação é só a ECU? Qtos cavalos tem o motor?
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