Equipe reconstruiu parte do chassi do MCR #71 e deu pódio
Uma etapa extremamente complicada devido aos fortes volumes pluviométricos que se abateram sobre o estado do Rio Grande do Sul foi o panorama encontrado pela equipe Satti Racing com os protótipos MCR #71 Turbo e #96, na 3ª etapa do Gaúcho de Endurance, neste fim de semana, em Santa Cruz do Sul.
E a previsão realmente se confirmou: com muita chuva desde as primeiras horas da sexta, as condições da pista ficaram desfavoráveis à prática do automobilismo, e, já na sexta pela manhã, o MCR #71 de Ian Ely e Daniel Claudino (guiado por Ian), ao tracionar na entrada de reta, acabou girando e batendo no muro (o que aconteceu com pelo menos mais dois carros durante o dia), causando danos consideráveis ao protótipo.
Experiência da Satti Soldas foi determinante no reparo
Porém, quando muitos podem ter pensado que seria o fim da etapa para o #71, a equipe Satti utilizou seu vasto conhecimento na área de soldas e deu um show de competência e técnica, com parte da dianteira do chassi do carro tendo sido reconstruída nos boxes durante a tarde de sexta, colocando o carro totalmente em condições de disputar a etapa, no dia seguinte.
No sábado, com as condições climáticas um pouco mais favoráveis, a direção de prova optou por fazer apenas um treino, que valeu como tomada, e antecipar a largada para as 10h, ao invés das 13h, decisão que se mostrou acertada, pois foi a única parte do dia em que a chuva diminuiu, tendo a largada ocorrendo com pista úmida, sem grandes acúmulos de água.
O MCR #71 de Ely/Claudino classificou-se em 7º na tomada de tempo, e imprimiu um bom ritmo de corrida, mantendo-se na pista enquanto alguns concorrentes tinham problemas para se manter na pista. Com ritmo próximo ao dos ponteiros, e mais rápido do que quem vinha atrás, foi ganhando posições até chegar em 2º na classe GP1 (3º geral), mesmo tendo um pequeno problema de um cabo em uma das paradas, que foi rapidamente solucionado pela equipe, e tendo voltado logo atrás do safety car, o que fez perder uma volta.
Ian Ely, que andou nas duas primeiras janelas, considera o saldo positivo: "Sabíamos que seria um desafio, pois praticamente não tínhamos andado na chuva, e numa pista em que andamos pouco. Logo a batida nos tirou dos treinos, e ainda não conseguimos treinar no sábado, devido à antecipação da prova. Nosso ritmo de corrida foi forte, fomos ganhando posições e aproveitando alguns erros de nossos adversários. O saldo foi bom, ganhamos experiência e alguns pontos importantes para o campeonato. Agora é nos prepararmos para Curitiba."
Daniel Claudino também conta sobre a etapa inicialmente complicada: "Acabei andando pouco, pois assumi na última janela, já com safety car, as condições eram ruins, realmente não havia condições de competição. Estávamos curiosos para ver o desempenho do carro, o treino que fizemos durante a semana foi bom, mas as condições não permitiram. A nossa primeira janela foi muito boa, o que nos colocou entre os ponteiros, e nosso bom resultado coroou o excelente trabalho da equipe na recuperação do carro. Agora é esperar a etapa de agosto em Santa Cruz, pista da qual gostamos, e vamos ver o que Curitiba nos reserva", disse.
Ávila e Cignetti, ao lado do MCR #96
Já o protótipo MCR #96 VW 2.0 aspirado mostrou-se consistente e não apresentou problemas relevantes, com o argentino Alejandro Cignetti, que estava na sua terceira prova com o carro, e o riograndino Pedro Ávila, que estreava no carro, mas tinha alguma experiência em protótipos fazendo uma prova com foco na finalização, e chegaram ao pódio na 3ª colocação da categoria P3.
Pódio com gosto de vitória para a equipe
Para o chefe de equipe, Eduardo "Sattinho", o fim de semana da equipe merece comemoração: "Estamos muito contentes! Primeiramente, por ter terminado a corrida com os dois carros na pista e em excelentes condições, e os resultados refletem o espírito do Endurance. A terceira colocação do MCR #96 deixou muito contentes os pilotos (Pedro Ávila e Alejandro), que só tinham elogios ao carro e à equipe. Quanto ao MCR #71, este sim foi nosso Grande prêmio: depois de uma batida que, para muitos, "decretou fim de corrida", logo no início da sexta, conseguimos não só reconstruir e colocar o carro na pista, como disputar a ponta do início ao fim, terminando com pódio na 2ª posição, o que foi motivo de muita alegria.", e finaliza, projetando: "Agora é preparar os carros para o brasileiro em Curitiba, afastar de vez o azar e, quem sabe, conquistar o pódio que nos escapou na primeira etapa".
A próxima etapa do Gaúcho de Endurance será dia 19/08, também em Santa Cruz e, desta vez, válida pelo Brasileiro, que tem sua próxima etapa em Curitiba, 24/06.
Satti Racing tem vaga no MCR #96 para os 500km de Curitiba
A equipe, aliás, possui vaga para pilotos que queiram disputar a etapa do Brasileiro de Endurance a bordo do competitivo MCR #96 da categoria P3 (protótipos aspirados). Interessados podem entrar em contato pelo (51) 98100-2752.
A equipe tem o patrocínio de Satti Soldas, Lavoro John Deere, Bocchi Agrobios e o apoio de Prathauto Restauração.
Texto e fotos MCR #96: Niltão Amaral
Fotos MCR #71: William Donizeti Inácio
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