Satti Racing em Curitiba
Uma prova de garra na superação dos problemas e de muitas novidades para a equipe. Assim foi a participação da Satti Racing nos 500km de Curitiba, no último sábado, prova válida como segunda etapa do Campeonato Brasileiro de Endurance.
Para os pilotos do MCR #71 Turbo, Ian Ely e Daniel Claudino, a pista era novidade, o que requeria muitos treinos para reconhecimento do traçado ideal. A programação, porém, previa treinos apenas na sexta, e sábado apenas um treino. Com isto, a dupla foi melhorando seu desempenho com o decorrer das voltas da corrida. E, apesar de alguns problemas de freio, que é bastante exigido no final da longa reta, e de a alavanca de câmbio ter travado por duas vezes, a equipe superou as adversidades e conseguiu levar o carro até o final da competitiva prova, chegando em 7º na GP1 e 20º geral.
Ian Ely conta sobre as dificuldades: "Foi a prova em que tivemos mais dificuldades, foram poucos treinos para quem precisava aprender o traçado, no qual nenhum de nós havia andado. Melhoramos nosso tempo no classificatório, e conseguimos aprender bem a pista apenas durante a corrida, mas ficamos longe dos principais adversários. Estamos contentes de termos concluído a prova e felizes com o nível do campeonato, com quase 40 carros no grid."
Daniel Claudino também considerou que o pouco tempo de treino prejudicou o desempenho: "Tivemos pouco tempo para treinar, e como eram muitos carros, havia interrupções por bandeira vermelha, então foi difícil aprender a pista, o que acabou acontecendo durante a corrida. Tivemos problema com a alavanca do câmbio travada, que nos obrigou a duas passagens pelos boxes, numa delas precisamos ser rebocados. Ficamos em 7º na categoria, porém muito mais distante dos ponteiros do que esperávamos. Mas foi uma ótima experiência correr entre tantos carros e pilotos bons, e agora estamos contando os dias para Interlagos, onde haverá mais treinos, e já estamos trabalhando no carro."
MCR #96 foi ao pódio
Já o MCR #96 também passou por uma prova de fogo na qual a equipe Satti mostrou ser aguerrida e competente, jamais desistindo enquanto há alguma chance de voltar à prova. Aos dois pilotos que já haviam corrido na última etapa do Campeonato Gaúcho (o argentino Alejandro Cignetti e o riograndino Pedro Ávila) juntou-se o mineiro Miguel Mallaco, que tem vasta experiência em protótipos da classe P3. Durante a prova, uma quebra de embreagem foi prontamente solucionada pela equipe, que recolocou o carro para finalizar a prova, com a volta mais rápida do carro sendo anotada na parte final, com Pedro Ávila, e ainda rendendo um pódio na 3ª colocação da classe P3.
O chefe de equipe, Eduardo "Sattinho", fala sobre a odisséia: "Foi uma baita corrida, daquelas pra ficar na memória! Já sabíamos que não seria fácil, mas chegar em Curitiba e olhar os boxes cheios de carros de altíssima qualidade foi animador, foi recompensador participar daquele grande espetáculo". Sobre os carros da equipe, declarou: "O MCR #71 sofreu para acompanhar os diversos carros mais potentes e modernos, mas foi guerreiro até o final, e o #96, apesar de nos dar trabalho com a troca de embreagem, mesmo assim ainda finalizou com pódio! Essas coisas só acontecem no Endurance. Agora é foco total em Interlagos", completou.
A próxima etapa do Campeonato Brasileiro de Endurance acontecerá no dia 30 de julho, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
A equipe tem o patrocínio de Satti Soldas, Lavoro John Deere, Bocchi Agrobios, Prathauto Restauração e Odeon.
Texto: Niltão Amaral
Fotos: William Donizeti Inácio
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