Estádio abandonado no litoral gaúcho pode virar circuito de corrida
A ideia, incialmente, soa um tanto quanto inusitada. Criar um circuito oval em um estádio de futebol abandonado em pleno litoral gaúcho.
Foi divulgado ontem, nos perfis da Prefeitura de Cidreira e do Prefeito da cidade "Beto do Litoral" (Gilberto Costa), vídeo no qual o mandatário está em companhia do presidente da Federação Gaúcha de Automobilismo (FGA), Arlindo Signor e do engenheiro Fernando Bitencourt e Jhonny Bonilla, também da FGA, expondo a ideia.
Trata-se do Estádio Antônio Braz Sessim, o "Sessinzão", polêmico estádio inaugurado em 1996 com capacidade para 17 mil pessoas, construído pelo ex-prefeito da cidade, Eloi Braz Sessim. O local chegou a receber jogos da dupla Gre-Nal, mas acabou abandonado, condição que já perdura 18 anos, tendo sido interditado em 2010 por risco de colapso das suas estruturas.
Arlindo Signor e Fernando Bittencourt (FGA)
O formato de estádio possibilitaria a criação de um circuito oval, o que é raro no automobilismo brasileiro, tendo uma primeira experiência recente no circuito de Curvelo, que criou um trecho oval que recebeu etapa da Nascar Brasil (Sprint Race), categoria que está em ascensão e nesta temporada terá equipes e pilotos da Stock Car no grid. Poderia receber, também, outras categorias de circuito, provas especiais de rally e até mesmo arrancada, usando uma das retas, portanto, pode ter um bom número de eventos para o ano todo.
Os questionamentos naturalmente surgem nas redes sociais: "Buracos na cidade, etc, e vão gastar dinheiro pra fazer autódromo em estádio"? Em que pese haja algum fundamento, é preciso pensar no macro: caso seja feito da forma correta, um autódromo movimenta os setores de comércio, serviços (indiretamente) e também traz renda direta para as pessoas que trabalharão nos eventos, e servirá como incentivo para melhorias na infraestrutura da cidade para receber os eventos, o que fica de legado para a população.
Em que pese seja ainda apenas uma ideia, vamos acompanhar.
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